22 março, 2016

Alfabetizados?

Terça...

Queres entender por que existem tantos iludidos pelas artimanhas petitas?
Leia a matéria abaixo do JN da Globo, ela explica muita coisa.

Edição do dia 19/02/2016
19/02/2016 21h43 - Atualizado em 19/02/2016 21h43

Muitos brasileiros não entendem tudo o que leem, diz estudo

Estudo mostra que o Brasil reduziu o número de analfabetos. Hoje 73% sabem ler e escrever, mas 65% tem algum nível de dificuldade.


Uma pesquisa sobre alfabetização chamou atenção pra dificuldade que os brasileiros têm para entender o que leem. O reflexo disso aparece no mercado de trabalho.
Começamos pela notícia boa para os brasileiros. Nos últimos 15 anos o número de analfabetos no Brasil caiu de 12% para 4% da população. Se unirmos analfabetos com os que até leem o nome ou o letreiro do ônibus temos os analfabetos funcionais. Número que também caiu em 2001 eram 39%, hoje são 27.
A notícia ruim vem dos alfabetizados. Hoje 73% sabem ler e escrever, mas 65% tem algum nível de dificuldade.
Então de acordo com a pesquisa, só 8% dos brasileiros estão nesse melhor índice de alfabetização, conseguem ler e interpretar qualquer tipo de texto, por mais complicado que ele seja. Agora se a gente for olhar a divisão por trabalho, por área de trabalho, tem três setores que tem uma média bem melhor, até maior que o dobro da média nacional.
São eles: comunicação, artes e cultura com 26%, administração publica 18% dos trabalhadores desses setores estão nesse melhor nível de alfabetização e educação com 16%. Esses são os melhores resultados nacionais. Agora, vamos combinar que esses não são números muito bons não.
Os resultados são ainda piores em outros setores. Construção civil ou indústria tem só 3% no melhor nível de alfabetização. Comércio 10%. E a área de saúde apenas 11%.
“Saúde e educação encontram até um percentual de profissionais proficientes maior do que outros setores. Mas se você pensar especificamente nos dois setores, na importância do letramento, do alfabetismo, na saúde e principalmente na educação, o nível é baixo”, diz Ana Lúcia Lima, coordenadora da pesquisa.
Quer ver um exemplo? Muita gente que vai prestar concurso corre atrás de reforço.
“A maioria das questões não é você resolver o problema da matemática. Conta qualquer um faz. Só que você tem que pegar a interpretação do texto pra passar pra conta”, explica Alan Galvão, eletricista.
Mas como estamos falando de profissionais, já adultos e formados, os pesquisadores garantem que a melhoria da escola não vai resolver o problema desse pessoal. A ajuda tem que vir do próprio mercado.
Coisa que uma gigante do setor de vestuário já percebeu. Oferece para os funcionários cursos, aulas, programas pra estudar em casa. Foi um bom negócio?
“Treinar é muito melhor do que trocar, não só pelo custo, pelo desempenho. É um dos fatores de retenção muito claros da nossa equipe”, diz Michel Sarkis, empresário.
A matéria em vídeo esta´aqui - http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2016/02/muitos-brasileiros-nao-entendem-tudo-o-que-leem-diz-estudo.html
* O grifo é meu.

Nenhum comentário: