30 setembro, 2014

Terça...

A dissonância entre o governo federal e os governos municipais no quesito mobilidade urbana é enorme, enquanto algumas cidades, como a que vivo, demonizam o automóvel, o governo federal facilita e incentiva a compra do mesmo.
As cidades alegam, com razão, que o excesso de veículos automotores complica o trânsito, porém, em contrapartida, principalmente as na faixa de 500 mil habitantes, não investem em infraestrutura e em meios modernos de transporte público, criando soluções mirabolantes, como binários e “trinários” (este só existe aqui), ou tomando resoluções que beneficiam cerca de 4% da população em detrimento aos 96% restantes, tudo em nome de uma falsa mobilidade.
Um dos motivos é a falta de apoio financeiro dos governos estadual e federal, que aliado à falta de planejamento cria o caos viário.
Portanto esta é uma equação de resolução complexa que impacta direto na vida do contribuinte, que paga impostos e mais impostos e não vê o menor retorno deste dinheiro, de certa forma, vilmente usurpado, mas esta é outra história, que talvez um dia se resolva com a (utópica?) reforma tributária.

Mas estamos falando de mobilidade urbana cujos princípios são primordiais e corretos para a segurança dos cidadãos nos deslocamentos, independente o modal escolhido, porém demandam grandes investimentos para serem aplicados, que, ao menos até o momento, não estão disponíveis, o resto é prosopopeia para acalentar bovinos.

Nenhum comentário: