Quarta...
Vivemos
uma crise de mobilidade que atinge a maioria das cidades com mais de 300 mil
habitantes, bem ou mal, a “qualidade” de vida melhorou, facilitou o acesso aos
automóveis, as motocicletas, etc. O que, de maneira direta, aumentou de maneira
exponencial a quantidade de veículos circulantes, muitas vezes por ruas
dimensionadas no século XIX.
A
maioria das cidades nasceu em volta de uma igreja e se expandiu, sem
planejamento algum, o que era comum para a época e formou, de certa forma, um
centro histórico de difícil locomoção.
Muitas
destas cidades atentas a este detalhe desviaram e/ou limitaram o acesso “motorizado”
a este bairro central, planejando o entorno e investindo em mobilidade urbana.
Infelizmente
existe uma grande maioria que não o fez e pensa que transporte coletivo é sinônimo de
ônibus circular, que o mesmo deve disputar espaço com bicicletas, motocicletas, automóveis e, até, pedestres.
Nestas
cidades planejamento para longo prazo não existe, vivem o momento, algo do
tipo, vamos fazer para ver o resultado, se não der certo mudamos, mesmo que
isto decorra em custos e retrabalho, ao menos ao população vê que estamos trabalhando.
Existe
um exemplo bem próximo de nós, que colocou na cabeça que o ônibus é a solução
para o transporte de massa e deve ter prioridade sobre os demais, ideia mais
que ultrapassada, mesmo se o sistema fosse eficiente, de baixo custo e
confortável, o que não é.
Por
isso afirmo, não precisamos de um choque de gestão, precisamos de um choque de
idéias, de mudanças de paradigmas, e isto em todas as áreas, não só na “gestão”
da mobilidade urbana.
Como isto não ocorrerá, ao menos nos próximos 2 anos e meio, são só divagações, ou não.
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