Sábado
participei da OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas)
e alguns fatores chamaram-me a atenção.
Fui fiscal de uma sala do nível 3 (Ensino Médio), na qual estavam inscritos 40
alunos, compareceram 10, isso mesmo 10, na sala da frente, dos 40 , apenas 4, por
este simples podemos notar a falta de compromisso da juventude atual, mesmo
concorrendo a bolsas de incentivo a pesquisa, ou seja, bolsa de estudos para a
faculdade.
O
melhor vem agora, claro que li a prova, 8 questões, resolvíveis em 15 min., lógica
pura, de matemática mesmo só em uma questão de relação de triângulos. Após 45
min. decorridos, começaram a entregar a prova, praticamente em branco, ou,
quando resolvida, apresentavam respostas, diríamos, equivocadas. A questão dos
triângulos chamou-me a atenção, pois só um “tentou” resolver, então resolvi
perguntar para uma aluna que entregara a prova qual a série que cursava e se
havia e se conhecia o assunto daquela questão, a resposta foi 2º Ano e que não,
não tinha visto aquele assunto ainda.
Se
não me falha a memória, Pitágoras, relações de triângulos, são assunto de matemática
do 9º ano do Fundamental e do 1º ano do Médio, portanto em algum destes anos a
aluna dever ou deveria ter, ao menos, visto algo sobre o assunto, aprender, saber
resolver envolve vários fatores, mas saber o que é, não.
A
culpa é da aluna, não creio, a culpa é deste Ensino caótico, que nivela por
baixo, com índices manipulados, como o IDEB, com a aprovação automática (ao menos
em SC), com professores apenas compromissados com índice de aprovação, não com
a aprendizagem do aluno, mal remunerados e com condições de trabalho que deixam
a desejar.
Se
não realizarmos uma reforma geral na Educação urgente a tendência é piorar a
cada dia. Não adianta criar cotas para colocar o aluno na Universidade Pública,
ele, com raras exceções, não conseguira se forma, desistirá no 1º ano, pois
faltará a base e poucas Universidades se preocuparão com isto, em realizar um
nivelamento.
E
chega de inventar disciplinas, tem projeto até para colocar o ensino de “esperanto”
no Ensino Médio, parece piada, mas infelizmente não é.
Vamos
iniciar a reforma na base, ensinar Português e Matemática o resto é conseqüência.
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