29 agosto, 2012

Quarta... 

Baseado na campanha em prol da educação lançada ontem pela RBS resolvi reeditar e republicar este texto de julho de 2010.


As instituições educacionais já passaram por muitas transformações pedagógicas, Behaviorismo, Construtivismo, Positivismo; Epistemologia Genética, Freiriana, etc.
Cabe a cada escola escolher a que melhor lhe serve, escolher seus professores, apresentar-se ao mercado e seguir em frente. É uma simples (talvez nem tanto) opção de pedagogia a ser adotada, que define a cada instituição suas características, sua linha de pensamento.
    São escolhas que não demandam grandes investimentos, existe a possibilidade de se encontrar profissionais com relativa facilidade, ou, na pior das hipóteses, prepara-los apresentando o método de trabalho.
Exatamente como vem sendo feito desdo início dos tempos escolares.
    Nos últimos anos surgiu uma revolução silenciosa, que vem tomando seu espaço, não creio ser uma teoria pedagógica e sim uma ferramenta, não permite mais as escolas escolher, elas terão que acompanhá-la ou correrão o risco de tornar-se obsoletas.
Estou falando da utilização da Tecnologia da Informação (TI) como recurso (apoio) didático-pedagócico. Esta sim é uma revolução onerosa, que exige investimentos e atualização constantes, de equipamento e profissionais. Nos últimos 5 anos a TI tem penetrado na sala de aula de forma incontéstil. Antes bastava a escola possuir um laboratório de informática, depois era necessário conectar este laboratório ao mundo, ou seja, conectá-lo a INTERNET.
Hoje a tendência é a sala multimídia, ainda mais se a mesma vier acompanhada de Lousa Digital e/ou de recursos 3D.
Recursos dinâmicos e extremamente visuais, que permitem uma diversidade de aplicações.
Quem da nossa geração imaginou que seria possível realizar uma reação química com ácido clorídrico sem ir ao laboratório, com resultados tão ou mais precisos, via software?
Ou utilizar vídeos via WEB para ilustrar um acontecimento, participar de teleconferências pelo mundo?
Chegamos a um ponto crucial.
De nada adianta as escolas investirem em TI, se não houver engajamento dos professores e, principalmente, vontade de aprender dos alunos, que são a figura mais importante do processo.
Neste momento entra a figura do professor, que para motivar este aluno que pertence a geração Z (zap), que já nasce conectado, com seus tablets e smartfones; além de dominar a sua matéria (disciplina), vai ter que estar muito bem familiarizado com as tecnologias, saber aplicá-las a seu favor.
Para finalizar, deixo aqui uma pergunta:
Os cursos superiores de licenciatura estão preparando os futuros professores para esta realidade?

Um comentário:

Aurea Vieira disse...

Na educação pública não há como a escola escolher seu método de ensino ou seus professores, nem as suas tecnologias. O caminho para se fazer uma escola de qualidade é outro. Falando das tecnologias, elas simplesmente estão aí e o professor querendo ou não precisa aprender a lidar com elas. Eu ainda prefiro um professor com quadro negro, livros, lápis e borracha que faz uma excelente aula, do que outro com tela, notebook, internet, softwares... mas que não dá conta de aplicar o planejamento e fazer seus alunos entenderem o tema de estudo. E a pergunta final, eu respondo com outra: há professores sendo formados?! Visto que o número de cursos e de alunos querendo uma licenciatura (matemática, letras, química...) estão diminuindo assustadoramente.